domingo, 24 de janeiro de 2010

O vazio pós-viagem

Sempre depois de uma viagem sofro do sentimento de profundo vazio... um vazio cortante que dói na alma. Hoje acordei com a frase: “Por que o sol nasceu de novo e não amanheceu?”, da musíca do Raul Seixas (música, que a meu ver expressa o vazio das almas, o vazio da vida). Este sentimento de vazio me acompanha cotidianamente, mas tem altos e baixos, todavia, se intensifica depois das viagens que faço. Parece que durante as viagens a vida é outra. A vida é movida pelo desejo do novo. A vida é movida pelas expectativas, muitas vezes ilusórias. No final das viagens, o sentido se volta para o retorno à casa... Quando chego em casa curto tudo... mas, logo depois, sinto-me como hoje: o vazio tomando conta dos pensamentos. A viagem acabou. A casa esta igual. A minha vida é a mesma. Quando penso assim, só tenho em mente o tempo que estou perdendo ao não ir viver nas Doze Tribos. Sou uma medrosa, uma covarde, uma cética... Não sei se seria feliz naquele lugar, mas tenho convicção de que aquelas pessoas são mais felizes que eu. Os anos irão passar e continuarei olhando para a hipótese de ir viver na comunidade. Mas a ultima chance que dou para mim no "mundo real" está no doutorado. Tenho que apostar em algo, para minimizar o vazio... Talvez o problema seja esse... Eis um texto que não pode ser divulgado. Se alguém entrar no blog e ler tudo bem, mas este segue calado, sem muito alarde, pois nele assumo minha loucura, minha carência, minha fragilidade, minha solidão, enfim, o vazio de minha alma. Vamos ver como estarei daqui 3 anos. Mas hoje, 24/01/2010, “o sol nasceu de novo e não amanheceu”.

Nenhum comentário: